Ando por aí sem destino. Cada passo que dou me faz refletir o porquê tudo isso teria que acontecer justamente comigo. Destino idiota. Cada passo translaçado neste asfalto inútil e ignorante igual a você. Igual a você. Não, não posso comparar este cimento com alguém como você, estaria sendo desumana. Com o asfalto. Claro. Pois até esse conjunto de cimento e pedras consegue aquecer com o sol. E se eu te colocar em uma fornalha? Seu coração talvez deixaria de ser frio. Não. Ele seria menos frio, é isso. E você... lastimável um rosto tão bonito não conhecer e valorizar o amor. Não um simples amor. O amor da sua vida. Não seja patético de ignorar isso. Eu terei mesmo que te deixar para aprender a me valorizar? Não. Não faça isso. Vai se arrepender. Meu coração não é tão abobado a ponto de superar suas crises neuróticas. Estou lhe avisando. Dê logo o devido valor à mim, porque se não... Ah! Se não quem estará aqui comparando um coração com blocos de cimento será você. Ou não. Talvez nem me comparando com blocos de gelo, ou de diamentes. Eu sei ser muito pior que você. Só aguardo você pagar pra ver.
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